Os acréscimos da bíblia
"Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, e a lei do SENHOR está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas" Jeremias 8,8
A MULHER ADULTERA
Do capitulo 7 a partir do versículo 53, até o capitulo 8 versículo 11 do evangelho segundo João, vemos uma passagem bonita e inspiradora que não aparece em nenhum original deste evangelho. Nem nos melhores manuscritos gregos ou mesmo na versão semita deste evangelho consta tal passagem.Na nota de rodapé da biblia de Jerusalém diz: "Esta perícope omitida nos mais antigos documentos (manuscritos, versões e padres da igreja) colocada alhures por outros, deixa transparecer o estilo sinótco e não pode ser de João. Poderia ser atribuída a lucas (cf Lc21+38).Sua canonicidade e seu valor histórico, no entanto, não sofrem contestação."Na bíblia de estudos de Genebra diz: "Estes versículos não ocorrem na maioria dos melhores manuscritos gregos desse evangelho. Os manuscritos antigos em que esses versículos ocorrem o colocam em lugares diferentes (aqui; após 7,36; após 21,25; após lucas 21,38; e após lucas 24,53). A partir de 7,53 e 8,1, fica claro que a localização dessa narrativa não é original, pois Jesus não estava presente na reunião descrita em 7,45-52. Essa evidência sugere que esses versículos não faziam parte do original deste evangelho, mas que provavelmente tem origem apostólica e reproduzem um incidente que, de fato, aconteceu durante o ministério de Jesus."
Ja a versão peshitta diz: "A famosa história da mulher adultera não aparece nos manuscritos da peshitta nem do siríaco antigo. Existem três possiveis teoria para este motivo:1-Sim, é inspirada2-Sim, é inspirada mas não pertencia ao evangelho de Yohanan mas sim as boas novas dos Hebreus (como era chamado o evangelho de Mateus)3--Não, é um acréscimo posterior1- A primeira teoria foi defendida por Agontinho, bispo de hipona por volta do século III. Segundo Agostinho, homens que eram a favor de punição severa em caso de adultério feminino não viam a história com bons olhos, e se encarregaram de remove-la de diversos manuscritos. Um grande ponto a favor desta teoria é o fato de que a narrativa parece mais fluida quando o texto da mulher adúltera esta presente.
2- A segunda teoria, da qual partilha o autor desta compilação (Shaul bent sion, um dos principais tradutores da peshitta), é a de que a mulher adúltera pertencia na realidade ao livro de Matitiyahu dos nazarenos. Eusébio parece indicar que o Matitiyahu hebraico continha tal narrativa: "Ele (papias) também explicou outra história, sobre uma mulher acusada de muitos pecados perante o senhor, que as boas novas dos hebreus contém" (Hist. Ecl.iii.39.19). Como tal escrito de Papias é do século 2, isto da um forte indicio da originalidade da história.As duas primeiras teorias são reforçadas pelo fato de que há alguns relatos históricos datando dos séculos 2 e 4 que fazem menção da história da mulher adultera, invocando-o inclusive para construir argumentos, o que dá um forte indicio de sua aceitação como texto inspirado.
3- A terceira teoria, defendida por alguns teólogos modernos, é a de que se trata apenas de uma adição posterior, uma vez que não figura em nenhum dos manuscritos mais antigos. Complementado:Alguns comentaristas acreditam que esta passagem fora criada na igreja do quarto século para evitar que mulheres fossem apedrejadas. O estilo literário e a critica textual revelam que esta passagem não podem ser de João.O FINAL DO EVANGELHO DE MARCOS
O evangelho de Marcos, termina abruptamente no capitulo 16,8. A partir do versículo 9 ao 20 não consta nos originais deste evangelho. O mais provável é que devido á seu fim abrupto seu final tenha sido preenchido utilizando-se os outros evangelhos canônicos. No rodapé da bíblia de Jerusalém diz: "O trecho final de marcos (vs 9 ao 20) faz parte das escrituras inspiradas; é tido como canônico. Isto não significa necessariamente que foi escrito por marcos. De fato, põe-se em duvida que este trecho pertença a redação do segundo evangelho._As dificuldades começam na tradição manuscrita. Muitos manuscritos entre eles o do Vaticano e o Sanaidico omitem o final atual. Em lugar da conclusão comum, uns manuscritos tem um final mais breve, que da continuidade ao vs 8: "Elas narraram brevemente aos companheiros de Pedro o que lhes tinha sido anunciado. Depois o mesmo Jesus, os encarregou de levar, do oriente ao ocidente, a sagrada e incorruptível mensagem da salvação eterna". Quatro manuscritos dão em seguida os dois finais, o breve e o longo. Por ultimo, um dos manuscritos que trazem o final longo intercala entre o vs 14 e 15 o seguinte trecho: "E estes alegaram em sua defesa: Este tempo de iniquidade e de incredulidade esta sob o domínio de satanás, que não permite quem esta debaixo do julgo dos espíritos imundos aprenda a verdade e o poder de Deus; revela, pois; desde agora, a tua justiça. Foi o que disseram a Cristo e ele lhes respondeu: O fim do tempo do poder de satanás esta no auge; e entretanto, outros acontecimentos terriveis se aproximam. E eu fui entregue á morte por aqueles que pecaram, a fim de que se convertessem à verdade, e para que não pequem mais, a fim de que recebam a herança da glória de justiça espiritual e incorruptível que esta no céu...." A tradição patrística dá também testemunho de certa hesitação._ Acrescentamos que, entre o vs 8 e 9, existe, nesta narrativa, solução de continuidade. Além disso é dificel admitir que o segundo evangelho na sua primeira narrativa, terminasse bruscamente no versículo 8. Donde a suposição que o final primitivo desapareceu por alguma causa por nós desconhecida e de que o atual fecho foi escrito para preencher a lacuna. Contudo, o final que hoje conhecemos era conhecido ja no século II por Taciano e santo Irineu, e teve guarida na imensa maioria dos manuscritos gregos e outros. Se não se pode provar que foi Marcos o seu autor, permanece o fato de que ele constitui, nas palavras de Swete, "Uma autêntica relíquia da primeira geração cristã".Na bíblia de estudos de Genebra diz: "Estas palavras não ocorrem em alguns manuscritos antigos importantes. A ausência desta passagem, bem como seu estilo e vocabulário diferentes, levantam sérias duvidas quanto a sua autenticidade. Se os versículos 9-20 não são originais então o evangelho de Marcos termina com esta frase. Observe, contudo, que a palavra significa "Temor reverencial", e que esta mesma emoção foi produzida nos discípulos quando viram Jesus transfigurado (9,6)_ uma espécie de ressurreição antecipada"Na versão Peshitta diz: "A passagem final do evangelho de marcos não aparece no Siríaco Antigo, porém figura na Peshitta. É provável que o final do livro de Marcos tenha sido danificado em alguns dos manuscritos semitas, e tal ausência tenha sido replicada em cópias posteriores, dando origem a duas famílias de manuscritos: um com e outra sem o texto em questão. Contudo, há quem alegue que tal final é um acréscimo posterior, visto que também nos manuscritos gregos mais antigos o trecho referido não aparece. O autor desta compilação é da opinião de que o texto é original e inspirado, porém nenhuma das duas teorias pode ser plenamente provada ou desprovada. deixamos a decisão a critério do leitor"
Não podemos afirmar sua canonicidade ou adulteração, mas é notavel certos detalhes peculiares que parecem não coincidir com o pensamento original dos evangelistas ou mesmo com as demais escrituras.O versiculo 16 por exemplo parece uma tipica acentuação da igreja para respaldo litugico.
Não podemos afirmar sua canonicidade ou adulteração, mas é notável certos detalhes peculiares que parecem não coincidir com o pensamento original dos evangelistas ou mesmo com as demais escrituras.O versículo 16 por exemplo parece uma tipica acentuação da igreja para respaldo litugico.Não podemos afirmar sua canonicidade ou adulteração, mas é notável certos detalhes peculiares que parecem não coincidir com o pensamento original dos evangelistas ou mesmo com as demais escrituras.O versículo 16 por exemplo parece uma tipica acentuação da igreja para respaldo litugico.
Livro de Hermam Bart Ainda que muitos religiosos não concordem, a bíblia possui sim acréscimos e textos que não existem nos manuscritos originais. Mesmo certos textos que aparecem em alguns manuscritos, basta uma analise mais critica e histórica, que percebemos que são acréscimos posteriores feito por copistas. Comentaristas não sabem se alguns destes acréscimos foi devido ao sincretismo que Constantino queria fazer com os messias solares do mundo antigo ou talvez simplismente licença poética. Não se tem certeza absoluta também de que tais acréscimos não sejam autênticos, sendo que nos primeiros séculos muita coisa era transmitida por tradição oral. Recomenda-se que o leitor analise a critica textual, o estilo literário e os demais livros da bíblia, pois um dos primeiros princípios de Hermenêutica e interpretação bíblica, exegese, é que a bíblia se explica por sí só e um livro da bíblia, sendo a palavra de Deus, não pode entrar em contradição com outro livro; "pois Deus não é homem para que minta e nem filho do homem para que se arrependa" (Nm 23,19)
Capítulo 23
1 Este é considerado o mais belo e conhecido cântico de confiança de Davi em Deus. Neste salmo não se manifestam queixas
de aflição ou súplicas por livramento. É uma expressão poética e profética de gratidão ao Senhor . Um salmo de plena
confiança e visão messiânica, ao mesmo tempo. Davi usa a metáfora preferida dos reis, e a mais compreensível e íntima, para
retratar o Senhor como o supremo Pastor que provê todas as necessidades de suas ovelhas (seu povo, seus filhos) e as protege
e defende. As figuras de linguagem até então usadas (rei, libertador, rocha, escudo) eram apropriadas, porém não transmitiam a
idéia de proximidade pessoal, companheirismo constante e amizade fraterna que a palavra “pastor” revela (Gn 48.15; Is 40.10;
49.10; Jr 17.16; 31.9-10; Ez 34; Sl 80.1; 95.7).
2 Os “verdes prados” eram remansos ou campinas de relvas com pequenas lagoas (em hebraico: , neoth) onde as ovelhas
podiam encontrar refrigério, segurança, paz e repouso (a mesma expressão, em hebraico: , rabats, usada ao descrever a Arca
da Aliança na busca por um lugar de descanso para Israel - Nm 10.33). Deus se coloca como Pastor para mostrar ao mundo que
não trata seu rebanho como um mercenário (Jo 10). Assim como um pai que compreende sua condição altruísta de homem de
família, o Senhor igualmente decidiu viver em família (em rebanho) para cuidar dos seus, por meio de uma relação permanente
de amor e ensino.
3 Em algumas versões aparece a tradução “refrigera-me a alma” no início deste versículo. Entretanto, essa expressão hebraica,
nos melhores e mais confiáveis originais disponíveis, traz o sentido literal de “conversão de todo o ser” ou “renascimento do fiel”.
Pode retratar, ainda, a ovelha desgarrada que é trazida de volta (Is 49.5; 60.1; Os 14.1-2; Jl 2.12 e Hb 2). Por outro lado, “restaura
o vigor” é muito mais do que simples refrigério. Significa a possibilidade de um novo começo de vida (físico ou psicológico Is
58.12; Pv 25.13; Lm 1.11,16,19).
Deus, por zelo (amor) ao seu Nome, nos converterá e transformará em pessoas cujos caminhos serão os do Senhor; e
nossos testemunhos demonstrarão ao mundo o poder e a misericórdia de DEUS – o único e soberano Senhor do universo
(Ez 36.22-32).
4 Os “verdes prados” e “o vale da sombra da morte” são ambos “caminhos” do Senhor. Esse fato coloca em Deus
a responsabilidade última sobre tudo o que acontece em nossas vidas. Nossos inimigos podem tramar, o Diabo pode
tentar, nós podemos fraquejar, mas só Deus dirige as nossas vidas e permite, ou não, cada um de todos os eventos que
ocorrem conosco, com um propósito soberano, instrutivo e benéfico. Além disso, a presença do Senhor nos livra do pior
dos monstros: o medo. A palavra hebraica salmâwet, cujo significado literal é “sombra da morte”, que ocorre cerca de
20 vezes no AT, tem igualmente o sentido de “escuridão” e de fases críticas na vida, quando não conseguimos enxergar
a saída (Jó 38.17; Jr 2.6; Mt 4.16; Lc 1.79). Nosso Senhor é Deus e também Pastor e companheiro. Sempre que necessário,
ele caminha ao nosso lado e não só à nossa frente. O Senhor nos acompanha armado de “vara” (uma espécie de
cassetete carregado à cintura) e de “cajado” (para ajudar a caminhar e para conduzir o rebanho), que eram também arma
e instrumento de controle, pois a disciplina gera confiança e segurança (1Sm 17.35). Em última análise, só o Senhor
pode nos guiar através da morte; todos os demais guias, parentes e amigos recuam ou permanecem, e o viajante tem de
prosseguir sozinho.
5 A metáfora usada ganha tons mais íntimos, deixa de tratar os homens como ovelhas e revela o grande banquete do triunfo
eterno, onde o próprio Senhor é o Anfitrião. No Oriente antigo, um homem que fosse perseguido por seus inimigos precisava
entrar, ou ao menos tocar, na tenda do monarca em quem buscasse refúgio, para estar seguro. Seus inimigos eram obrigados
a deter-se e olhar de fora para dentro, sem nada poder fazer contra o perseguido, agora hóspede, e, portanto, protegido por
seu hospedeiro. Como era costume dos anfitriões mais hospitaleiros, a cabeça do hóspede era ungida (untada, umedecida
com substância oleosa e perfumada) e farta refeição era oferecida (41.9; Gn 31.54; Ob 7). O Anfitrião divino ultrapassa todas as
expectativas de hospitalidade. A refeição assume proporções de banquete, quando ungüentos de alto valor e perfumes suaves
são derramados sobre a cabeça do hóspede ilustre (45.7; 104.15; Êx 24.8-12; 2Sm 12.20; Sl 16.5; Ec 9.8; Dn 10.3; Lc 7.46; 1Jo
2.20). Todas as necessidades são supridas e todos os inimigos afastados, pois o Anfitrião é mais que um hospedeiro; é amigo
do hóspede. O quadro retrata tranqüilidade, segurança e fé em meio às aflições da vida. Um equivalente veterotestamentário
de Rm 8.31-39 ou 2Co 12.9-10.
6 A profecia é muito melhor que a perspectiva de uma grande festa. No mundo do AT, comer e beber na casa de alguém criava
um vínculo de compromisso, amizade e lealdade mútuas. Foi assim em Êx 24.8-12, onde os anciãos de Israel viram a Deus, e
comeram e beberam. O mesmo ocorreu na Última Ceia, quando Jesus anunciou ser aquele o cálice de uma nova Aliança em
seu sangue (1Co 11.25). Somos muito mais que simples convidados para uma festa, ou hóspedes por alguns dias. Deus deseja
conviver conosco por todo o sempre, literalmente “para a duração dos dias” (Mt 22.32). Nesse compromisso, a felicidade e as
misericórdias (amor leal) de Deus acompanham (literalmente: perseguem) os fiéis, assim como Seus juízos perseguem os ímpios
(83.15), hoje e sempre
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